Logo pela manhã, juntamente com os representantes locais do PSD, foram recebidos nos Paços do Concelho, merecendo a presença do Sr. Presidente da Câmara Municipal, José Manuel Carpinteira, do Sr. Vice-presidente e vereador, Fernando Nogueira, e da Sra. Vereadora, Sandra Pontedeira. Apraz-nos registar toda a cordialidade. No que se refere à substância, importa salientar que foram abordados alguns temas da actualidade, com especial relevância para as questões da reorganização administrativa e do encerramento prolongado da Pousada de D. Dinis.

No que concerne ao primeiro assunto, os Srs. deputados referiram que, pelo compromisso assinado com a Troika, a reorganização administrativa assume a qualidade de interesse nacional. Sublinhando, referiram que o memorando de entendimento, assinado pelo governo de então, socialista, tal como reconhecido em entrevista pelo ex-governante Pedro Silva Pereira, constavam a eliminação de mil freguesias, e que, por isso, a reorganização administrativa agora proposta não passa de uma versão "soft" da inicial prevista. Concluindo, lembraram que a não pronúncia por parte das Assembleias Municipais implica a delegação da decisão na Comissão Técnica. Consequentemente, de três, passarão a quatro, o número de freguesias a reduzir em Vila Nova de Cerveira. Alertaram ainda para o facto de, nas orientações para o trabalho da comissão, estar prevista por defeito a agregação orientada ao centro. Ou seja, a agregar, agrega ao centro. No caso, ao centro Vila Nova de Cerveira agregar-se-ão as suas freguesias fronteira. Sobre o assunto, o Sr. Presidente da Câmara Municipal informou que no âmbito da Assembleia Municipal, com representação dos dois partidos que a compõem, foi constituída uma comissão para estudar o assunto. No entanto, esquecendo a maioria absoluta que o apoia no município, sublinhou que compete ao Partido Social Democrata liderar todo o processo de pronúncia, através do seu grupo parlamentar da Assembleia Municipal, pelo facto de se encontrar a governar o país.

Depois de questionado pelo grupo de deputados sobre o impasse em relação ao encerramento da Pousada de D. Dinis, o Sr. Presidente José Carpinteira informou que após a ENATUR - Empresa Nacional de Turismo - ter aceitado a decisão do Grupo Pestana de encerrar a Pousada Dom Dinis e entregar todo o património da fortificação à Direcção Geral do Tesouro e das Finanças, a autarquia passou a ver-se fora da esfera de competências. Disse ainda que, por se tratar de património do Estado, a Câmara só poderá participar na sua administração através de protocolo, mas até lá não haverá muito mais a fazer. Questionado sobre os destinos dados aos equipamentos e mobiliários, o presidente respondeu "eu não sei nada, nem quero saber. O problema não é da Câmara. Pelo que se fala, não existe nada, a não ser que esteja alguma coisa numa dependência que existe para lá, e que está fechada".

De seguida, por imperativo de agenda, o grupo de deputados dirigiu-se ao Lar Maria Luísa da Santa Casa de Misericórdia de Vila Nova de Cerveira. Regista-se o simpático acolhimento por parte de toda a instituição. Numa visita guiada, a Sra. Directora, Mara Rebelo, fez a caracterização geral da instituição: Descreveu o universo de utentes e as suas reais necessidades; Salientou as dificuldades materiais que vão desde um simples tabuleiro para os medicamentos até à substituição da cobertura do telhado que é constituída em material não regulamentar; Deu conta das necessidades económicas que a instituição atravessa atribuindo as responsabilidades, não só, ao passivo herdado, mas especialmente, à falta de retorno pelo serviço verdadeiramente social que a instituição presta à comunidade.

Voltando ao assunto Pousada de D. Dinis, o Sr. Vereador Fernando Nogueira acompanhou os deputados e restante comitiva numa visita ao castelo de Vila Nova de Cerveira. Para além de se apreciarem as lindas vistas a partir do castelo e a relíquia que é a Igreja da Misericórdia, foi possível constatar a degradação latente nas instalações da antiga Pousada D. Dinis. Até dá pena! Ver o que se passa no castelo de Vila Nova de Cerveira.

Depois de um almoço bem confeccionado e excelentemente servido, por um dos bons restaurantes do nosso concelho, voltou-se à estrada com destino ao Centro Paroquial de Reboreda.

Simpaticamente recebidos pela Direcção, percorremos as instalações do Centro Paroquial enquanto era feita a caracterização geral da instituição.

Foram abordados vários temas relacionados com o funcionamento do centro desde a evolução da superfície construída até aos serviços prestados no dia a dia.

Para visitar o seu centro social e paroquial dirigimo-nos a Covas. Temos de começar este episódio apresentando as nossas desculpas a todas as pessoas que por nós aguardaram, especialmente ao Sr. Padre Carlos e ao Sr. João Caldas. Tal como acabou por suceder em Covas, o sucesso das anteriores visitas ditaram o atraso considerável da nossa chegada. Mais uma vez, as nossas sinceras desculpas. Às vezes vale a pena esperar e nós pensamos que, efectivamente, valeu a pena. Acreditámos que o encontro foi muito profícuo. Ficamos muito satisfeitos ao perceber os projectos do Centro Social e Paroquial de Covas e a sua exequibilidade. Não queremos deixar de fazer aqui um pequeno reparo: Verificamos que através de obras de pequena monta, comparticipáveis pelo poder local, poder-se-ia tratar o problema do isolamento térmico do edifício do Centro Social e Paroquial de Covas. A resolução do problema traduzir-se-ia em: Melhores condições de bem-estar para os utentes; Economia na factura energética da instituição; Eliminação da condensação, fenómeno máximo responsável pela deterioração patente nos tectos e paredes interiores.

Finalmente rumou-se à Zona Industrial de Campos, pólo II, mais propriamente às instalações da Empresa João Pires – Internacional Transportes, Lda. Mais uma vez esteve presente a gentileza e a classe do bem receber. Numa visita guiada, o gerente, Sr. João Pires, começou por fazer a explicação de toda a orgânica e processo de operacionalização da empresa. Foi agradável perceber que a empresa realiza grande parte da sua actividade para clientes estrangeiros, o que lhe permite, não só, a tranquilidade de navegar sobre as ondas da crise, como também, ter o privilégio de pertencer ao leque das empresas contribuidora para as exportações portuguesas. A João Pires – Internacional Transportes, Lda. é uma empresa de sucesso, sendo, por isso, um exemplo a seguir e de acarinhar.

Pois bem, segundo a empresa, as directrizes que sustentaram a recente realização e aprovação do Plano Director Municipal parecem divergir dessa ideia. Apesar devidamente contestada e justificada, não foi aceite a reclamação apresentada pela empresa no sentido de serem considerados zona industrial uns terrenos anexos à zona industrial, por forma a poderem crescer a sua dimensão.

Em jeito de conclusão, poderemos dizer que os resultados da iniciativa ultrapassaram as melhores expectativas. Há sempre uma primeira vez para tudo, e nós estamos convictos que este é o caminho. Outras visitas e iniciativas se seguirão. Temos a consciência que este trabalho de proximidades com as populações, procurando perceber os seus reais problemas, indo ao encontro das necessidades de cada um, moderando o discurso e o debate com bom senso, elevação, elegância, e respeito pelos outros e pelo diferente, conduzir-nos-á no caminho das melhores soluções para os problemas que nos assolam.

Agradecimentos:
Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira;

Lar Maria Luísa;

Centro Paroquial de Reboreda;

Centro Social e Paroquial de Covas;

João Pires – Internacional Transportes, Lda.

Partido Social Democrata

A Comissão Política de Secção de Vila Nova de Cerveira